Na década de 1980 a renovação dos meios gráficos chegou finalmente a Portugal. Esta veio transformar um sector que se manteve durante séculos maioritariamente assente na composição e impressão de texto a partir de caracteres móveis tridimensionais em chumbo: a tipografia. Todo um universo sóciotécnico foi então abalado. Nas oficinas a tipografia passou para segundo plano, ultrapassada pela infografia e impressão offset, aguardando o desmantelamento definitivo da tecnologia que fica para a história como a «mãe das artes gráficas». O olhar etnográfico, legado da antropologia social e cultural, levou a autora a lugares onde a tipografia e os tipógrafos se fizeram ouvir até à viragem do século xx para o xxi. |