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Record Nr.

UNINA9910568192103321

Autore

O'Neill Brian Juan

Titolo

Proprietários, lavradores e jornaleiras : Desigualdade social numa aldeia transmontana, 1870-1978 / / Brian Juan O'Neill

Pubbl/distr/stampa

Lisboa, : Etnográfica Press, 2018

ISBN

979-1-03-651632-0

Descrizione fisica

1 online resource (461 p.)

Collana

Portugal de Perto

Soggetti

Anthropology

casamento

estratificação social

herança

Portugal

propriété

stratification sociale

mariage

héritage

property

social stratification

wedding

inheritance

Lingua di pubblicazione

Portoghese

Formato

Materiale a stampa

Livello bibliografico

Monografia

Sommario/riassunto

Com base no trabalho de campo levado a efeito ao longo de dois anos e meio (1976-78) numa pequena povoação de Trás-os-Montes (e que incluiu nomeadamente a consulta de Registos Paroquiais, Róis de Confessados e outras fontes históricas locais), o antropólogo norte-americano Brian Juan O'Neill apresenta-nos neste seu livro uma imagem completamente nova das estruturas sociais existentes nas aldeias do Nordeste. O chamado «comunitarismo» - que se julga caracterizar grande parte das comunidades rurais do Norte do País - fica questionado e sujeito a uma reanálise crítica, tanto do ponto de



vista empírico como teórico e metodológico. Através de três aspetos fundamentais - a posse da terra, as trocas de trabalho, as práticas de casamento e herança - evidenciam-se formas de desigualdade institucionalizada que obrigam a pôr definitivamente em causa a visão tradicional destes aglomerados montanhosos como conjuntos homogéneos não-estratificados. O exame minucioso da complexa articulação entre o sistema fundiário, a entreajuda entre vizinhos e os costumes de matrimónio e de transferência da propriedade revela uma sociedade caracterizada internamente por profundas contradições económicas e sociais. De particular interesse são os dados recolhidos pelo autor sobre os padrões de casamento tardio (mais europeus do que mediterrânicos) e de laços familiares irregulares - designadamente as altas proporções de filhos naturais, com a consequente ideologia popular do «amor ilícito».