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Record Nr.

UNINA9910306636703321

Autore

da Costa António Firmino

Titolo

O trágico e o contraste : O Fado no bairro de Alfama / / António Firmino da Costa, Maria das Dores Guerreiro

Pubbl/distr/stampa

Lisboa, : Etnográfica Press, 2018

ISBN

979-1-03-651638-2

Descrizione fisica

1 online resource (278 p.)

Altri autori (Persone)

GuerreiroMaria das Dores

Soggetti

Folklore

culture populaire

fado

Portugal

environnement social

popular culture

social enviroment

cultura popular

meio social

Lingua di pubblicazione

Portoghese

Formato

Materiale a stampa

Livello bibliografico

Monografia

Sommario/riassunto

Partimos para Alfama com algumas perguntas iniciais. Onde está o fado em Alfama? Como é ele? E antes disso: haverá de facto fado em Alfama? Para nossa surpresa, as primeiras respostas que obtivemos foram rotundamente negativas. Primeiro contacto: almoço com o Vitalha (na altura, para nós era ainda o Victor). Cerca de 30 anos. Vive em Alfama. Nasceu lá. Aparece bem vestido, fato completo, colete e gravata. E com aquele ar malicioso, desenrascado, espertalhão, que de boa vontade se associa ao personagem característico dos bairros populares de Lisboa. O ar «gingão» — dizia ele de si próprio, meses mais tarde, em animada conversa. O Vitalha está plenamente disposto a ajudar («embora tenha pouco tempo…»: é árbitro de futebol, tem os fins-de-semana sempre ocupados). Mostra a sua aprovação por termos escolhido o bairro de Alfama como centro de interesse para o nosso estudo. E surge de



imediato o termo de comparação: o Bairro Alto. Esse já não seria bom porque… «Não tem nada!… A não ser aquilo que se sabe…» Ou seja, é «muito ordinário» para nós. O tema da forte identidade colectiva bairrista e da rivalidade com outros bairros lisboetas é uma constante que se nos foi deparando em Alfama. Ainda lhe faremos referência. Veja-se para já, a este respeito, o trabalho de João Catarino e Madalena Pereira sobre os Santos Populares em Alfama e as descrições das cenas de pancadaria das «púrrias» dos bairros alfacinhas em Alfama — Gente do Mar, de Eduardo de Noronha.